segunda-feira, 16 de junho de 2014

Game Of Thrones 4ª Temporada [RESENHA]

AVISO: CONTÉM QUANTIDADES ABSURDAS DE SPOILERS!


A tão esperada quarta temporada de Game Of Thrones, a que fecharia o terceiro livro, chegou ao seu fim no último domingo (15). Eu nunca li os livros, então darei minha opinião baseado no que vi na série. Sem mais delongas, vamos lá.

Uma temporada que chegava pra explicar algumas coisas. Depois do Casamento Vermelho, ninguém imaginaria o que poderia acontecer. Falando em casamentos, a temporada começou em um, o Rei mais odiado do mundo, Joffrey, se casaria com Margeary Tyrell, aumentando o poderio financeiro dos Lannister. Os convidados para o evento vinham chegando, e deles, Oberyn Martell chamou a atenção. O príncipe de Dorne e seu ódio pelos Lannister, mostraram que ainda iam vir surpresas no enredo. 
Enfim o tal casamento ocorreu, e o sonho de muitos fãs se deu por realizado. Joffrey morre envenenado, e agoniza de forma grotesca nos braços de sua mãe, a rainha xarope Cersei.

Essa morte ditou o tom da temporada. O núcleo principal ficou focado no julgamento do então, único suspeito, Tyrion Lannister. Nesse aspecto, a série foi ficando mais burocrática, passando pelos outros personagens para abastecer seus papeis na história.
Vimos Bran e os irmãos Reed na sua busca pelo corvo de três olhos, a obediência do Theon Greyjoy ao sádico Ramsey Snow e claro, a Daenerys reinando em Meeren. E também a saga de Jon Snow tomando as rédeas da Guarda da Noite e finalmente mostrando a que veio.



Dessa vez não tivemos aquela Khaleesy guerreira e conquistadora que nos acostumamos, vimos ela se defrontando com problemas internos. Seus dragões estão quase indomáveis, principalmente Drogon, o maior deles, e ela se vê com a consciência pesada, pois a liberdade que ela deu a inúmeros escravos, tem se mostrado mais bonita na teoria que na prática. Houve algo impactante para ela, a descoberta que Jorah foi enviado à principio para espiona-la, e com isso, baniu-o de sua companhia. Isso abre precedentes para muita coisa acontecer.

Com relação as novidades da temporada, temos além de personagens novos, lugares novos nos foram mostrados, como a cidade livre dos Braavos, e seu Banco de Ferro. Mereen também foi algo novo, porém não muito explorado, apenas as piramides com Daeneris de boa no seu trono, ouvindo pedidos dos cidadãos.
As lamúrias de Stannis Baratheon foram algo chato na temporada, parecia que ele estava ali apenas para completar enredo, porém no final ele mostrou sua importância, que causa um ansiedade a mais pela próxima temporada.


Eu amei essa essa quarta temporada, muita coisa me agradou. Pena que a implacável internet me jogou alguns spoiler, e isso acabou tirando o efeito surpresa de alguns episódios. 
Essa temporada teve um show de atuações e cenas arrepiantes, como o Tywin dizendo que categoricamente não era responsável pelo estupro da irmã do Oberyn. O discurso do Tyrion, quando ele se diz culpado de ser um anão, é outra coisa estratosférica e a magnifica atuação do Alfie Allen, que passa todo o pavor e desespero de um Theon Greyjoy consumido em dor.

Concluindo, Game Of Thrones tem ficado cada vez melhor, essa temporada é prova disso. Todos deviam olhar para essa série com bons olhos, e assisti-la várias vezes, absorver as histórias que a compõe, e se maravilhar com uma obra bem escrita e bem adaptada.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Resenha: A Culpa É das Estrelas

Elenco: Shailene Woodley; Ansel Elgort; Laura Dern; Sam Trammell; Wilhem Defoe.


Se eu fosse resumir o que esse filme me causou, eu diria que me fez pensar bastante. Eu não li o livro, por mais que já tivesse ouvido falar sobre inúmeras vezes, fui assistir o filme sabendo apenas da premissa dele.

Bom, pra começar a falar sobre o filme em si, diria que segue a atual forma de filmes voltados à um público adolescente, com protagonista feminina enfrentando um drama onde uma paixão surge na mistura.



A diferença dessa obra, está justamente no drama da protagonista, Hazel Grace (Shailene Woodley, a Trix de Divergente). Essa enfrenta um drama bem mais pesado, pois vê que sua vida está se esvaindo bem mais rápido do que o normal, devido a um câncer que quase inutilizou seus pulmões. Percebe-se logo de início que a menina está depressiva por estar fisicamente morrendo mas, psicologicamente ela já está moribunda, sem motivação pra lutar pela própria sobrevivência. Isso segue com ela, até conhecer o seu par, Augustus Waters.


O garoto é o contraponto da menina. Recentemente superou um câncer que lhe rendeu a perda de uma perna, mas mesmo assim mantem o otimismo e um bom humor que contagia a moça. Aquele esquema de amor a primeira vista rola logo de cara, e em pouco tempo os dois já tem uma amizade com aquele climinha romântico. Além disso, Augustus (o Calleb, também de Divergente) é um cara de cabeça feita, cheio das metáforas e convicções sobre a própria vida. Essa antagonização entre a personalidade dos dois, cria uma dinâmica boa e coesa entre o casal e não deixa aquela melação chata, comum em filmes do gênero.


Na minha opinião, o filme é razoável, tem uma passada lenta, que vai subindo gradativamente. A atriz que faz a Hazel, achei comum, poderia ser feita por qualquer outra, (até a sem emoção da Kristen Stewart), porém, o ator que faz o Augustus, foi uma grata surpresa. Como disse, não li o livro, não sei como deveria se comportar o personagem, mas mesmo assim, ele incorpora o rapaz de uma forma que te convence que ele é um adolescente, que tem sonhos e sabe que a vida pode acabar rapidamente. Outra coisa que me incomodou um pouco, foi o fato de terem sido construídos uns três clímax para o desfecho, como se quisessem que as pessoas chorassem, porém teria sido melhor se tivessem investido mais em um só e explorado o potencial da cena, como a da igreja, onde ela lê o elogio pro funeral dele.

Concluindo, o filme é razoável e te faz pensar em alguns aspectos da sua vida, o que pode se encaixar dependendo do momento que você esteja vivendo. Passa uma mensagem sobre como podemos ver o copo meio cheio e que nem tudo é sempre rosas e nem tudo é sempre espinhos. Ressalva para o sempre ótimo Wilhem Defoe, interpretando o escritor alcoolatra e turrão, Peter Van Houten.