Se eu fosse resumir o que esse filme me causou, eu diria que me fez pensar bastante. Eu não li o livro, por mais que já tivesse ouvido falar sobre inúmeras vezes, fui assistir o filme sabendo apenas da premissa dele.
Bom, pra começar a falar sobre o filme em si, diria que segue a atual forma de filmes voltados à um público adolescente, com protagonista feminina enfrentando um drama onde uma paixão surge na mistura.
A diferença dessa obra, está justamente no drama da protagonista, Hazel Grace (Shailene Woodley, a Trix de Divergente). Essa enfrenta um drama bem mais pesado, pois vê que sua vida está se esvaindo bem mais rápido do que o normal, devido a um câncer que quase inutilizou seus pulmões. Percebe-se logo de início que a menina está depressiva por estar fisicamente morrendo mas, psicologicamente ela já está moribunda, sem motivação pra lutar pela própria sobrevivência. Isso segue com ela, até conhecer o seu par, Augustus Waters.
O garoto é o contraponto da menina. Recentemente superou um câncer que lhe rendeu a perda de uma perna, mas mesmo assim mantem o otimismo e um bom humor que contagia a moça. Aquele esquema de amor a primeira vista rola logo de cara, e em pouco tempo os dois já tem uma amizade com aquele climinha romântico. Além disso, Augustus (o Calleb, também de Divergente) é um cara de cabeça feita, cheio das metáforas e convicções sobre a própria vida. Essa antagonização entre a personalidade dos dois, cria uma dinâmica boa e coesa entre o casal e não deixa aquela melação chata, comum em filmes do gênero.
Na minha opinião, o filme é razoável, tem uma passada lenta, que vai subindo gradativamente. A atriz que faz a Hazel, achei comum, poderia ser feita por qualquer outra, (até a sem emoção da Kristen Stewart), porém, o ator que faz o Augustus, foi uma grata surpresa. Como disse, não li o livro, não sei como deveria se comportar o personagem, mas mesmo assim, ele incorpora o rapaz de uma forma que te convence que ele é um adolescente, que tem sonhos e sabe que a vida pode acabar rapidamente. Outra coisa que me incomodou um pouco, foi o fato de terem sido construídos uns três clímax para o desfecho, como se quisessem que as pessoas chorassem, porém teria sido melhor se tivessem investido mais em um só e explorado o potencial da cena, como a da igreja, onde ela lê o elogio pro funeral dele.
Concluindo, o filme é razoável e te faz pensar em alguns aspectos da sua vida, o que pode se encaixar dependendo do momento que você esteja vivendo. Passa uma mensagem sobre como podemos ver o copo meio cheio e que nem tudo é sempre rosas e nem tudo é sempre espinhos. Ressalva para o sempre ótimo Wilhem Defoe, interpretando o escritor alcoolatra e turrão, Peter Van Houten.
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