quarta-feira, 15 de abril de 2015

Resenha: Velozes e Furiosos 7 (Furious 7)

Elenco: Vin Diesel, Paul Walker, Chris "Ludacris" Bridges, Michelle Rodriguez, Dwayne "The Rock" Johnson, Tyrese Gibson, Jason Statham, Kurt Russel;



Certamente um dos filmes mais esperados de 2015, muito por conta da grande perda sofrida pela produção. Quando Paul Walker morreu naquele acidente de carro, ainda em meio as filmagens, a sensação era que tudo perderia o rumo. Mas na verdade, isso tudo serviu para mudar o tom da trama e virar até então o melhor filme da franquia.


[DAQUI PRA BAIXO VAI TER SPOILER]
Quando a direção caiu na mão de James Wan (Invocação do Mal) não dava para saber exatamente o que viria, ainda mais com o falecimento do Paul Walker no meio das filmagens. Foi nesse revés que ficou claro a habilidade do diretor, que conduziu o filme muito bem, respeitando os personagens e suas histórias e como esperado, homenageando Paul ao final.


A marca da franquia sempre foram os carros e a ação, e nesse temos uma hecatombe dessas belezas. A história já começa amarrando os filmes anteriores, colocando o Velozes e Furiosos: Desafio em Tóquio como relevante finalmente, onde mostra que o assasino do Han, é Ian Shaw (Jason Statham) irmão do vilão anterior Deckard Shaw. Em busca de vingar o irmão ferido, ele inicia uma caçada a todos os integrantes da equipe do Toretto, começando com uma surra no Hobbs (The Rock). 

Ao matar Han, inicia um verdadeiro olho por olho, dente por dente, onde Dom vai em busca do acerto de contas. Nessa jornada, ele tem ajuda do agora pai de família, motorista de mini-van, Brian O'Conner (Paul Walker), que sente falta da adrenalina das aventuras, e ainda conviver com o tormento emocional de conviver com a Letty (Michelle Rodriquez) que não se lembra de nada ainda.


O filme ousa nas cenas de ação, e não tem o menor pudor em em criar eventos gigantes. Tudo te envolve, a adrenalina, o drama e as cenas engraçadas, que são bem encaixadas e elevam o tom da película para algo mais agradável e descontraído.
Dessa vez estão entre a Europa e o Oriente Médio, e tem coisas que valeram muito a pena pagar o salgado preço de uma sala XD, para assistir em 3D os carros se lançando de um avião, a Ronda Rousey numa treta pesada com a Letty e é claro, Dom e Brian atravessando não um, mais dois edifícios em Dubai com um Lykan Hypersport de 3,6 milhões de Obamas.
As belíssimas e muito bem feitas cenas de ação, fazem o filme ser gostoso de assistir. Os atores já conhecidos encarnam bem seus personagens, e a adição dos novos como Kurt Russell fazendo um figurão de uma organização governamental secreta e a hacker linda Ramsey (Nathalie Emmanuel, a Missandei de Game Of Thrones) e o vilão foda que o Jason Statham interpetra brilhantemente, completam muito bem o espetáculo e colocam um gosto de quero mais no espectador. E para o toque de nostalgia ser completo, Toretto vai na garagem e pega novamente aquele Dodge Charger RT do primeiro filme, que foi o sonho de muitos adolescentes, e sai dando aquele empinada caracteristica.



Claramente, o e filme deságua num modo de Brian ter que deixar o grupo, para cuidar da Mia que esta grávida do segundo filho, o que leva uma cena final de despedida, onde a equipe observa O'Conner brincar com o filho e a esposa na praia e numa sútil transição, vemos os atores dizendo suas palavras de despedidas à Paul Walker. Isso coloca um fim tocante a contribuição de Paul para a histórica franquia, endossado por uma espécie de linha do tempo mostrando cenas de todos os filmes anteriores.

Enfim, quem como eu, cresceu acompanhando os filmes e se divertindo, não terá decepções com o sétimo filme, que é sem dúvida o melhor deles. E esperemos agora o que o futuro reserva para Toretto e sua equipe.


segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Anjos da Lei 2 (22 Jump Street) - Resenha

Elenco: Channing Tatum; Jonah Hill; Ice Cube; Dave Franco;




Quando vi o primeiro Anjos da Lei, fui despretensioso, já acostumado com as comédias ruins que rolam na atualidade, acabei sendo surpreendido. O filme foi bom, me fez rir, foi legal ver a química do Tatum e do Jonah Hill. Quando soube da sequencia, o mesmo sentimento me abateu, lembrei daquele máxima: sequencias costumar ser sempre piores. Novamente, fui surpreendido.

Anjos da Lei 2, me arrancou muitas gargalhadas. Logos nos primeiros minutos vemos Schmidt e Jenko tentando infiltrar numa operação disfarçados de mexicanos, usando de esteriótipos pastelões e tão mal feitos que as risadas são garantidas. Piadas internas do primeiro filme aparecem nesse, pra preparar o terreno, mas a faculdade é diferente do colegial, é nesse cenário de universidade que a história toma um rumo ótimo.



Esse novo longa tem um desenvolvimento melhor, os personagens já estão estabelecidos, então sobra mais espaço para criar situações hilárias. Os protagonistas estão com uma química ótima e as piadas envolvendo o "bromance" são um show, isso graças aos personagens coadjuvantes que são melhor aproveitados. 

Schmidt desajeitado arruma uma namorada linda, que logo descobre que é a filha do chefe (Ice Cube sendo engraçadíssimo), o que gera uma das cenas que mais dei risada quando Jenko descobre e faz a maior cena no escritório. Também é legal o novo amigo que Jenko faz, Zook, o quarter back burro e descolado, que parece a alma gêmea dele, que gera um ciuminho no Schmidt. Em meio a tudo isso que a trama se desenvolve, pegando os clichês de faculdade, como as irmandandes, jogos de futebol e festas regadas de álcool e beer pong. De quebra ainda, tudo deságua na festa mais popular entre estudantes, o Spring Break.




Enfim, o filme é divertido, arranca boas risadas, justamente por não se levar a sério, traz um humor ousado, o que pode desagradar os mais conservadores, mas pra mim foi perfeito, adoro esse tipo de comédia que passa limites. Não da pra deixar de fora as partes da ação, que são legais, até os parkours que o Jenko faz deixam um visual legal pra película. Assistam sem compromissos e deem boas risadas, sem se apegar a detalhes.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Penny Dreadful 1ª Temporada - Resenha

Elenco: Eva Green; Timothy Dalton; Josh HartnettHarry TreadawayReeve Carney.

Eu sou uma das pessoas mais cagonas que existe, morro de medo de histórias e filmes de terror. Mas mesmo averso ao gênero, Penny Dreadful me foi uma grata surpresa. Uma série passada na Inglaterra Vitoriana, que narra histórias de penny dreadfuls (em tradução livre, contos baratos), eram histórias de suspense, impressas porcamente em panfletos, e difundido nas classes mais pobres. Essas histórias contavam grandes lendas, muito famosas hoje em dia, como o Monstro de Frankstein, Lobisomen, vampiros e essas criaturas já representadas na ficção inúmeras vezes.



A série se passa na Londres da Era Vitoriana, com todo aquele ar frio e soturno. Logo à principio vemos Ethan Chandler (Josh Hartnett) um cowboy americano, com aquela pinta de fora da lei, demonstrando sua destreza com  as pistolas, numa bela performance circense. Na plateia esta senhorita Vanessa Ives (Eva Green), uma misteriosa mulher, com um olhar sedutor e perigoso. Ela contrata Ethan como mercenário, a mando de Malcom Murray (Timothy Dalton) um explorador renomado, que está em busca de sua filha perdida. 

O trio é formado, e logo de cara já enfrentou alguns inimigos estranhos, dos quais Ethan não faz ideia do que sejam, enquanto Malcom e Vanessa parece já ter lidado com as feras antes. No fim dessa batalha, a única coisa que tiram é o cadáver de um dos monstros, e o levam pra um doutor um tanto estranho, especialista em anatomia, que no fim acaba se revelando Dr. Viktor Frankenstein. 

É sobre todo esse clima sobrenatural que se desenvolve a série. Logo somos introduzidos a outras personalidades, com uma roupagem um pouco diferente, uma abordagem mais moderna sem perder a essência já eternizada. Vemos Dorian Gray, com aquele ar de arrogância mascarada por uma camada maior de educação. A prostituta, Brona Croft, chega pra ser um ponto de ligação e tensão na trama, juntando os personagens principais e embaraçando suas vidas





A série é muito bem produzida, a fotografia é linda, os figurinos impecáveis e os diálogos não tão enfirulados, porém mantem a ilusão da época. Não precisa de muito tempo pra se sentir transportado para época, e até algumas referências a presença de Jack, o Estripador, são feitas em um contexto agradável. A história é boa e bem desenvolvida, porém demora alguns episódios para você realmente entender o panorama geral, e isso pode ser algo que desanime os espectadores à principio. Outro ponto fraco que achei, foi o fato de alguns personagens serem um pouco mal desenvolvidos, como o mordomo de Malcom, Sembene, mas em defesa da série me parece ser algo proposital para guardar um mistério para as próximas temporadas.





Por fim, vale muito a pena acompanhar essa série, ela causa uma imersão gostosa, e o terror não é nada exagerado ou escrachado, é bem pontuado e dentro de um cotexto. Os sustos são mais pela espontaneidade do que por cenas gráficas, o suspense te deixa aflito e os personagens te cativam rápido.

E agora, nos resta aguardar ansiosos uma nova temporada.


terça-feira, 29 de julho de 2014

GIRLS - Resenha

Elenco: Lena Dunham; Allison Williams; Jemina Kirke; Zosia Marmet; Adam Driver;

Como diz aquele batido ditado, "nunca julgue um livro pela capa." É o caso dessa série, o nome GIRLS, sugere uma temática voltada ao público feminino, alguns até diziam que era o novo Sex And The City. Bom, posso dizer a vocês que não tem nada ver. O enredo é regado de bom humor, cenas picantes e retrata o dia a dia de seres humanos normais, com problemas que a gente se identifica logo de cara.



Acompanhamos a história de Hannah Horvat (Lena Dunham), uma recém formada escritora, de 24 anos, tentando fazer carreira em Nova York. Porém a vida dela começa a encontrar as dificuldades, quando seus pais dizem que não irão mais banca-la. Ai começa aquela saga que todos nós nos deparamos, arrumar um emprego, e como todo o primeiro emprego, jamais é na área que queremos. Então, de aspirante a escritora, ela vira auxiliar administrativa, depois garçonete, entre outros empregos subalternos.




O enredo logo de cara destaca Hannah, mas a trama só fica interessante, pois temos as amigas, Marnie (Allison Williams) a colega de quarto egocêntrica e tão recatada que chega dar raiva. Jessa (Jemina Kirke), é uma espécie de hipster que vive a vida loca, já viajou o mundo, fala com sotaque franco-britânico, é viciada em cocaína e sempre some e reaparece. Por último, completando o time das garotas, temos Shoshanna Shapiro, a virgem de 20 anos, hiperativa, que fala absurdamente e tem toda a pinta de menina superficial. 
Essas quatro moças, de personalidades completamente distintas, são amigas, porém estão sempre se estranhando e tendo brigas por besteiras. Basicamente o que vemos nas meninas por aqui, aquela amizade cheia de raiva e inveja mascarados.


A série também tem os "boys" e ai que nos homens achamos a identificação. Adam (Adram Driver) é o "amigo colorido" da Hannah, realiza suas fantasias sexuais com ela, mas não se apega. Charlie é o namorado da Marnie, o bom moço, chega a ser entediante de tão bobo que é. Ellijah, é o ex da Hannah, que no caso assumiu a homossexualidade e virou amigaço dela. Por fim temos Ray, amigo de Charlie, e primeiro namorado da Shoshanna, por ser um cara mais velho, ele enxerga as bobagens fúteis das relações do grupo e é de uma rabugice enorme, porém é um dos mais engraçados da série.



A série é muito boa e o fato de ser tão pautada na realidade, torna a identificação imediata. As situações lá retratadas, são corriqueiras mas muito bem escritas e com desfechos surpreendentes. Lena Dunham se mostra cada vez mais uma escritora de sensibilidade impar, que capta aspectos raramente vistos e séries de comédia. O humor da série é bem encaixado, sempre inserido no contexto, não tem forçação para arrancar risadas, todo ato cômico flui e diverte. Não posso deixar de ressaltar as cenas de sexo, sim, são quase explicito, no melhor estilo Game Of Thrones, porem, no caso de GIRLS, são retratadas de forma real, com posições grotescas, fetiches doidos e gemidos esgarnecidos. As atrizes também não são mulheres malhadas com corpos esculturais, são reais, com gordurinhas, celulites e ainda assim são de uma sensualidade deliciosa.

Portanto, eu recomendo muito essa série, por enquanto tem apenas três temporadas, com uma média de 10 episódios cada. A produção é da HBO, o que já deixa clara a qualidade. Vale a pena ver, serão horas divertidas e cativantes, com essas meninas que mostram que humor pode ser encontrado no nosso dia-a-dia. 




quinta-feira, 3 de julho de 2014

Ela (Her) - Resenha

Direção: Spike Jonze
Elenco: Joaquim Phoenix; Scarlett Johansonn; Amy Adams; Chris Pratt; Olivia Wilde.



Eu sinceramente não sei como começar falar sobre esse filme, além de quão reflexivo ele é. 
Bom, um resumo rápido para quem não está familiarizado com a proposta da obra:

Trata-se da vida de Theodore (Joaquim Phoenix), vivendo num futuro próximo, (me parece coisa de dez anos à frente de nosso tempo atual) e recém separado de sua esposa. Isso transforma ele de um cara sociável e divertido, em um anti-social solitário. Tudo muda com o lançamento de um sistema operacional, cujo uma inteligência artificial com personalidade própria que se adequa ao usuário, é a principal inovação. A de Theodore é Samantha (que é dublada pela a maravilhosa Scarlett Johansonn), que demonstra tanta coisa em comum e um modo de ver a vida parecido com o que ele sempre buscou. Daí, inevitavelmente, ele se apaixona por Samantha.


Essa paixão guia o filme, e chama a atenção, nos faz olhar para como nos apegamos a tecnologia. Na cena em que o sistema operacional para de funcionar, o desespero dele é comparado ao nosso quando perdemos o celular. Como tudo na trama é focado em Theodore, conseguimos ver o quão bom ator Joaquim Phoenix é, passa com detalhes todos os sentimentos dele, a angustia, a solidão e a necessidade de amar. A Scarlett Johansonn mesmo atuando só com a voz, também é um show. É de um grande fascínio a primeira vez que eles fazem sexo, e a tela fica preta deixando apenas o diálogo quente de um homem solitário e sua mulher virtual. Te da a liberdade de conseguir imaginar o acontecimento, só pela narração de ambos.


Outro ponto que o filme ressalta é, como o amor pode surgir apenas pela compatibilidade das pessoas e não pela aparência física. O protagonista tem chances de se envolver com mulheres lindas e divertidas como a linda mulher que ele tem um encontro, interpretada pela belíssima Olivia Wilde, mas prefere focar suas energias em conversas com seu celular super inteligente. Esse desenrolar aborda vários conflitos dos relacionamentos, dos quais a maioria estamos familiarizados, porém de uma forma bem incomum, mostra que os sentimentos de duas pessoas conflitando, causam as maiores desavenças.




O cara está apaixonado por uma inteligência artificial, que corresponde a esses sentimentos de forma crível. É simples entender o amor que ele desenvolve, ele está basicamente com a mulher perfeita, que sente ciúmes, saudades, raiva e vontades, porém se expressa de uma forma lógica e sempre em prol do seu amado. Ela é tão sensacional que arma até um Ménage para ele, meio que "assumindo" o corpo de uma moça,(linda, diga-se de passagem) para poder dar prazer físico a Theodore, sem falar que ela consegue realizar o sonho dele de publicar um livro. Óbvio que tudo começa a desmoronar, quando ele começa questionar sua sanidade, por estar tão ligado a um computador. E o interessante é que Samantha também começa a se preocupar com o fato de ser apenas um produto com uma programação específica, que mesmo inovadora, ainda é inumana.


Em suma, o filme te faz olhar para sua vida e seus relacionamentos de modo geral, e ver o que realmente te fazia bem. A direção de Spike Jonze é primorosa, a fotografia ficou linda, a atuação ficou cativante, você se envolve com o personagem. O roteiro foi bem escrito, e a história se desenvolve de uma forma gostosa de ver, não fica massante e clichê como a maioria dos filmes com histórias de amor. Vale a pena ver esse filme, e vale a pena olhar para nós mesmos e ver que nossas vidas é além do superficial, e que para amar basta estar disposto a se entregar sem pensar na opinião popular.

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Game Of Thrones 4ª Temporada [RESENHA]

AVISO: CONTÉM QUANTIDADES ABSURDAS DE SPOILERS!


A tão esperada quarta temporada de Game Of Thrones, a que fecharia o terceiro livro, chegou ao seu fim no último domingo (15). Eu nunca li os livros, então darei minha opinião baseado no que vi na série. Sem mais delongas, vamos lá.

Uma temporada que chegava pra explicar algumas coisas. Depois do Casamento Vermelho, ninguém imaginaria o que poderia acontecer. Falando em casamentos, a temporada começou em um, o Rei mais odiado do mundo, Joffrey, se casaria com Margeary Tyrell, aumentando o poderio financeiro dos Lannister. Os convidados para o evento vinham chegando, e deles, Oberyn Martell chamou a atenção. O príncipe de Dorne e seu ódio pelos Lannister, mostraram que ainda iam vir surpresas no enredo. 
Enfim o tal casamento ocorreu, e o sonho de muitos fãs se deu por realizado. Joffrey morre envenenado, e agoniza de forma grotesca nos braços de sua mãe, a rainha xarope Cersei.

Essa morte ditou o tom da temporada. O núcleo principal ficou focado no julgamento do então, único suspeito, Tyrion Lannister. Nesse aspecto, a série foi ficando mais burocrática, passando pelos outros personagens para abastecer seus papeis na história.
Vimos Bran e os irmãos Reed na sua busca pelo corvo de três olhos, a obediência do Theon Greyjoy ao sádico Ramsey Snow e claro, a Daenerys reinando em Meeren. E também a saga de Jon Snow tomando as rédeas da Guarda da Noite e finalmente mostrando a que veio.



Dessa vez não tivemos aquela Khaleesy guerreira e conquistadora que nos acostumamos, vimos ela se defrontando com problemas internos. Seus dragões estão quase indomáveis, principalmente Drogon, o maior deles, e ela se vê com a consciência pesada, pois a liberdade que ela deu a inúmeros escravos, tem se mostrado mais bonita na teoria que na prática. Houve algo impactante para ela, a descoberta que Jorah foi enviado à principio para espiona-la, e com isso, baniu-o de sua companhia. Isso abre precedentes para muita coisa acontecer.

Com relação as novidades da temporada, temos além de personagens novos, lugares novos nos foram mostrados, como a cidade livre dos Braavos, e seu Banco de Ferro. Mereen também foi algo novo, porém não muito explorado, apenas as piramides com Daeneris de boa no seu trono, ouvindo pedidos dos cidadãos.
As lamúrias de Stannis Baratheon foram algo chato na temporada, parecia que ele estava ali apenas para completar enredo, porém no final ele mostrou sua importância, que causa um ansiedade a mais pela próxima temporada.


Eu amei essa essa quarta temporada, muita coisa me agradou. Pena que a implacável internet me jogou alguns spoiler, e isso acabou tirando o efeito surpresa de alguns episódios. 
Essa temporada teve um show de atuações e cenas arrepiantes, como o Tywin dizendo que categoricamente não era responsável pelo estupro da irmã do Oberyn. O discurso do Tyrion, quando ele se diz culpado de ser um anão, é outra coisa estratosférica e a magnifica atuação do Alfie Allen, que passa todo o pavor e desespero de um Theon Greyjoy consumido em dor.

Concluindo, Game Of Thrones tem ficado cada vez melhor, essa temporada é prova disso. Todos deviam olhar para essa série com bons olhos, e assisti-la várias vezes, absorver as histórias que a compõe, e se maravilhar com uma obra bem escrita e bem adaptada.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Resenha: A Culpa É das Estrelas

Elenco: Shailene Woodley; Ansel Elgort; Laura Dern; Sam Trammell; Wilhem Defoe.


Se eu fosse resumir o que esse filme me causou, eu diria que me fez pensar bastante. Eu não li o livro, por mais que já tivesse ouvido falar sobre inúmeras vezes, fui assistir o filme sabendo apenas da premissa dele.

Bom, pra começar a falar sobre o filme em si, diria que segue a atual forma de filmes voltados à um público adolescente, com protagonista feminina enfrentando um drama onde uma paixão surge na mistura.



A diferença dessa obra, está justamente no drama da protagonista, Hazel Grace (Shailene Woodley, a Trix de Divergente). Essa enfrenta um drama bem mais pesado, pois vê que sua vida está se esvaindo bem mais rápido do que o normal, devido a um câncer que quase inutilizou seus pulmões. Percebe-se logo de início que a menina está depressiva por estar fisicamente morrendo mas, psicologicamente ela já está moribunda, sem motivação pra lutar pela própria sobrevivência. Isso segue com ela, até conhecer o seu par, Augustus Waters.


O garoto é o contraponto da menina. Recentemente superou um câncer que lhe rendeu a perda de uma perna, mas mesmo assim mantem o otimismo e um bom humor que contagia a moça. Aquele esquema de amor a primeira vista rola logo de cara, e em pouco tempo os dois já tem uma amizade com aquele climinha romântico. Além disso, Augustus (o Calleb, também de Divergente) é um cara de cabeça feita, cheio das metáforas e convicções sobre a própria vida. Essa antagonização entre a personalidade dos dois, cria uma dinâmica boa e coesa entre o casal e não deixa aquela melação chata, comum em filmes do gênero.


Na minha opinião, o filme é razoável, tem uma passada lenta, que vai subindo gradativamente. A atriz que faz a Hazel, achei comum, poderia ser feita por qualquer outra, (até a sem emoção da Kristen Stewart), porém, o ator que faz o Augustus, foi uma grata surpresa. Como disse, não li o livro, não sei como deveria se comportar o personagem, mas mesmo assim, ele incorpora o rapaz de uma forma que te convence que ele é um adolescente, que tem sonhos e sabe que a vida pode acabar rapidamente. Outra coisa que me incomodou um pouco, foi o fato de terem sido construídos uns três clímax para o desfecho, como se quisessem que as pessoas chorassem, porém teria sido melhor se tivessem investido mais em um só e explorado o potencial da cena, como a da igreja, onde ela lê o elogio pro funeral dele.

Concluindo, o filme é razoável e te faz pensar em alguns aspectos da sua vida, o que pode se encaixar dependendo do momento que você esteja vivendo. Passa uma mensagem sobre como podemos ver o copo meio cheio e que nem tudo é sempre rosas e nem tudo é sempre espinhos. Ressalva para o sempre ótimo Wilhem Defoe, interpretando o escritor alcoolatra e turrão, Peter Van Houten.